quarta-feira, 6 de julho de 2011

Especulação I

Não, não se trata de falar qualquer coisa. Nem de dizer qualquer coisa. É tudo uma questão de palavra, sim ela, ela que move o mundo. Do mundo consciente e do mundo inconsciente.Lacan diz muita coisa, disse muita coisa em seus seminários e simplesmente acerta quando diz que o inconsciente é estruturado em forma de linguagem. Sim. Existe um significado e um significante do mesmo modo que existe um eterno retorno em tudo e em todos. Sim, o eterno retorno pode ser comprovado empiricamente! Como? - Nunca teve um deja-vu. Aquilo nada mais é que a comprovação empírica do eterno retorno. Nietzsche sorri no céu do amantes da sabedoria, ele que tanto sentiu e tentou expor esse conceito em seus escritos.
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Sabedoria x Conhecimento. Para mim me parece algo muito simples: conhecimento é todo o processo de apreensão de dados, informaçoes e enunciados objetivos e subjetivos. Ja a sabedoria é como voce incide sobre a realidade o seu conhecimento. Digo, que sabedoria é sim a arte de articular todo teu conhecimento e que essa arte esta intrinsecamente ligada a ética. E essa é como cu: cada um tem a sua ética nos tempos em que vivemos.
Por um estética menos rígida: - O que sempre me irritou em alguns escritos de alguns escritores é a necessidade de parecer clássico, limpo, coeso. Cara, fala de coesão nos dias de hoje é como falar de anarquismo numa reunião com diretores da FIESP. O mundo nunca foi coeso ou classico, muito menos limpo. Não façamos dos nossos textos uma projeção da nossa hipocrisia diária. Hoje é dia 6 de julho de 2011..

terça-feira, 5 de julho de 2011

Eu.

Dedico a minha vida ao pensamento, nao essa masturbaçao narcisista dos pretensos organizadores do caos, falo do pensamento, do fluxo de imagens, sons e cheiros.

Conceitos sao interessantes para a comunicação, quando voce quer que te entendam, mas e quando voce nao quer? E quando voce quer apenas se expressar, e quando voce apenas quer ir daqui a li. Nada mas absolutamente nada é mais interessante a mim do que o turbilhao em que vivo, e quanto mais quieto o ambiente maior o furacão.

Sobre Leibniz

Lendo o livro Conversaçoes do filósofo Gilles Deleuze cheguei ao capítulo em que ele trata de comentar sua obra sobre a filosofia de Leibniz, e me deparo com o seguinte comentário: " É a proposição mais conhecida de Leibniz: cada alma ou sujeito(Mônada) é inteiramente fechada, sem portas, nem janelas, e contém o mundo inteiro no seu fundo muito sombrio, apenas iluminando uma pequena porçao deste mundo, porçao variavel para cada um. Portanto , o mundo esta dobrado em cada alma, mas diferentemente , ja que existe um pequeno lado de dobra iluminado."

Eu nao sei quanto a voces, mas isso me parece muito com algumas propostas freudianas de ideia-conceito do Ego. E outra coisa me me encanta é o fato de Leibniz ter vivido entre 1646 e 1716, e ter sua filosofia retomada por Deleuze no século 20 e haver uma sincrocinidade entre Leibniz e Freud, o que por si só já "fura" o conceito de Mônada proposto por Leibniz.

Isso para dizer que eu me maravilho com a sincronicidade proposta por Jung, com a falta de ineditismo apesar da genialidade retumbante de Freud e com a capacidade do pensamento barroco de Leibniz que até entao nunca tinha me saltado aos olhos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sean Reinert. Classico do Death.

In 1991, Reinert and Paul Masvidal (also of Cynic) joined the band Death to record the Human album. This album is seen by many as the start of the technical death metal genre. After touring with Death, he returned to Cynic.


sábado, 5 de dezembro de 2009

Thomas Haake.


Membro original da trilha sonora do fim do mundo. Thomas Haake e sua banda Meshuggah tocando em um festival.

Musical career

Haake is noted for his technical abilities, as his drumming style is characterized by heavy use of polyrhythms while often maintaining a steady 4/4 beat. This signature style has become one of the most recognized features in the music of Meshuggah. He is also known for stacking hiscymbals in a variety of configurations to give himself a desired sound. He takes influence from drummers such as Neil Peart and Mike Portnoy.

Haake also writes the majority of Meshuggah lyrics and also contributes spoken vocals on several songs ("The Exquisite Machinery of Torture" on the album Chaosphere, "Spasm" on the album Nothing, as well as on several chapters on the album Catch Thirty-Three and on the song "Dancers To A Discordant System" from "ObZen").

The drumset Tomas Haake uses has been meticulously sampled in full for the software instrument Drumkit From Hell Superior made byToontrack, with Haake performing all the drumming himself. It since has been used by many bands, including fellow metal act Clawfinger, Devin Townsend's Ziltoid the Omniscient, Dethklok on Adult Swim's TV show Metalocalypse (in several songs from the second season), and Ben Weinman of The Dillinger Escape Plan. The latter used it to program drum parts for the album Ire Works before The Dillinger Escape Plan found drummer Gil Sharone.[citation needed] Meshuggah later went on to use this software instrument to program all the drum tracks for their albumCatch Thirty-Three, and the re-release of their album Nothing, using no live recorded drums by Haake. obZen also used the software as an auxiliary sound source as Haake played.

In the July edition of Modern Drummer magazine, Haake was named the number one drummer in the "Metal" category, as decided upon in the magazine's 2008 Readers' Poll.



Creditos: Wikipedia



quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Eric Dolphy with Charles Mingus



Eric Allan Dolphy (Los Angeles, California, 20 de Junho de 1928 – Berlim, 29 de Junho de 1964) foi um músico de jazz estadunidense. Tocava saxofone alto, flauta e clarone.Dolphy foi um dos vários saxofonistas de jazz de grande peso que se tornaram conhecidos na década de 1960. Foi também o primeiro claronista importante como solista no jazz, além de ser dos flautistas mais significantes nesse estilo.Embora o trabalho de Dolphy seja às vezes classificado como free jazz, suas composições e solos possuem uma lógica diferente da maior parte dos músicos de free jazz. Era, todavia, indubitavelmente, um vanguardista. Logo após sua morte, sua música era descrita como "demasiado 'out' para ser 'in' e demasiado 'in' para ser 'out'".

Creditos: Wikipedia.




quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Dialogos

Recebi um Email do Bruno Cantor (amigo, dentista e baterista de death metal):
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Fala Artû, tudo belê?

Dei uma lida no seu blog recém-inaugurado, gostei! Estava esperando alguma discussão bacana com algum amigo meu já fazia um tempo...

Bom vamos a minha opinião e discussão!

- Ponto positivo: a iniciativa, com certeza! A Internet afinal pode ser usada como forma de estimular o intelecto e não o extremo oposto...

- Ponto negativo: a gramática! rs Claro que não sou nenhum Pascoalete mas tratar de temas complexos (filosofia, sociologia, teoria de conhecimento, etc...) por si só já exige uma linguagem clara e é especialmente por isso que se torna crítico o texto. Tratar de temas intrincados com uma linguagem "desencontrada" dificulta sobremaneira a compreensão!

- Discussão:

Bom primeiro gostaria que você me explicasse melhor os seguintes trechos, porque não os entedi:

A) "projetamos o sentido das coisas qdo olhamos para a as letras, que seria o nada.. o vazio do existir."
Isso tem alguma relação com Wittgenstein? Explique-me pois estou supondo apenas...

B) "um sentido para legitimar sua acao brutalizante diante da realidade.."
O que quis dizer com ação brutalizante?

Em relação aos textos posso dizer de forma geral que me interessei particularmente com a questão de tirar o conhecimento "dos livros" e coloca-lo em prática. De qual fonte você busca tirar "toda uma gama de conceitos e idéias"? Se por um lado é legítimo criticar e não concordar com todo um sistema monopolista das "formas de verdade" e explorador pela "mais valia cultural e economica" com que autoridade moral uma nova concepção de mundo se apoia como a nova "verdade"? Não seria paradoxal?

--Por fim, você como historiador, acredita que a sociedade "caminha para frente, aos poucos"? Acha que o mundo é de fato melhor hoje do que a 30 anos ou isso é meramente resultado do progresso científico?

Ainda tenho outras questões mas deixemos para o próximo e-mail!

Abraços,


Cantor
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Vou tentar esclarecer esses pontos "nebulosos" dos meus posts.

"projetamos o sentido das coisas qdo olhamos para a as letras, que seria o nada.. o vazio do existir." :
Com esse trecho, quis dizer que as letras em si, por si so nao fazem sentido. Que 'e a nossa mente que projeta os sentido das frases e dos conceitos, maior exemplo disso 'e qdo estamos aprendendo uma outra lingua e aquelas palavras colocadas ali simplesmente nao querem dizer nada para nos, nao tem sentido algum. Representando assim o nada. Um vazio, que eu associei ao vazio, ao limbo da existencia.
Exemplo: " tervezett értelmében dolgok qdo nézd meg a betűket


O que diabos quer dizer essa frase? para mim sinceramente nao quer dizer muita coisa, a nao ser que voce saiba ler em hungaro a frase acima nao quer dizer NADA.

"um sentido para legitimar sua acao brutalizante diante da realidade.."
O Brutal aqui 'e oposto ao sensivel, aquele nao se compadece com o problemas e mazelas da sociedade. Assim digo que o cotidiano, o dia a dia e a rotina brutalizam a nossa percepcao por conta da nossa projecao de sentido. Ex: " Nao vou ajudar esse homem pois estou atrasado para o trabalho" . O sentido de ganhar dinheiro, desenvolver-se materialmente ou profissionalmente nao nos permite sensibilizar diante da tragedia alheia, seja por qualquer motivo ou ordem.
Sem querer parecer repetitivo mas ja sendo, o sentido em que projetamos as nossas acoes fecham os nossos horizontes comportamentais. A critica aqui tem endereco: Av. Individualismo s/n.

E agora respondendo a pergunta: " Acredita que a sociedade "caminha para frente, aos poucos"?
Essa 'e uma pergunta perigosa, dificil mesmo. Particularmente eu nao acredito na linearidade rumo ao progresso tao em moda hoje em dia, na verdade tenho indicios de que o vetor da historia tem dois sentidos, exatamente opostos. O primeiro aponta para o progresso tecnologico, material que sem duvida nos 'e muito util, pois sem ele nao estariamos nessa instancia virtual em que nos encontramos, entretanto essa evolucao material nao 'e acompanhada , nem de perto, por uma evolucao comportamental. O que quero dizer com isso? Simples, que o metodo cientifico e mais que isso, a mentalidade( aqui como forma de ver o mund0) cientificista proporcionou as populacoes ocidentais num primeiro momento uma "hecatombe" tecnologica e que o nosso comportamento e "tempo" de refinamento socio-politico-cultural caminha muito mais lentamente, isso quando nao caminha no sentido contrario da logica material ou tecnocrata.
Pronto, falei do segundo vetor que muita vez aponta ao sentido oposto, as mentalidades que convivem, harmoniosamente ou nao, no globo. Digo assim que os debates ideologicos que tambem estao inseridos na propria ideologia tecnocrata, nao permitem que as mentes humanas acompanhem o "progresso material".
O racionalismo tecnocrata tem muito do ideal matematico , mas pouco da realidade humana.
Sendo assim a minha resposta para a pergunta: " O mundo 'e melhor hoje do que a 30 anos atras?" A minha resposta hoje 'e: sim e nao, ao mesmo tempo. Caminhamos em 2 sentidos opostos alargando a experiencia humana na terra.


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